segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Formação da Juventude

(Foto: Rebeka Amorim, 1 dia de vida)

A Formação da Juventude
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)


                        Não há dúvida, por ser algo inegável, que o futuro dos povos e de toda a humanidade em conjunto depende muito da formação da juventude. Os diversos países do mundo, configurados por sua situação étnica e geográfica, educaram suas juventudes seguindo as inspirações naturais do solo pátrio, determinando assim preferências que depois haveriam de caracterizá-los nas respectivas linhagens de grandes condutores políticos, oradores ilustres, filósofos, navegantes, artistas, gênios da literatura, expoentes máximos da ciência ou eminências do pensamento econômico. Cada nação se distinguia e sobressaía em heranças notáveis.

                      A preservação da cultura, o arraigamento das tradições e a indestrutibilidade da consciência nacional constituíram a preocupação básica de todas as antigas dinastias que reinaram em muitos povos do mundo. O anelo mais profundo e ardente que, pode-se dizer, o pensamento íntimo dos governantes continha, era o de estabelecer para seus reinos, sem perigo de perturbações, as correntes ascendentes de progresso na alma de todos os súditos, mediante continuados esforços de superação, sobretudo das massas inteligentes, a fim de conservar no conceito universal o posto de honra que lhes coube em alguma de suas melhores épocas, pelo fruto que souberam colher de suas inteligências, fruto que, por certo, beneficiou depois toda a humanidade.

                    A preparação da juventude requer algo mais que a simples cultura escolar e universitária.

 
                    Isso quer dizer, em conseqüência, que existiu algo acima da ilustração comum e dos conhecimentos gerais que se costuma dar ao jovem para formar sua cultura corrente e convertê-lo em incipiente homem de ciência ou de estudo, de modo que possa desenvolver-se dignamente em qualquer das carreiras que ele escolha: existiu uma educação superior tendente a criar, ou talvez seja melhor dizer a despertar, aptidões distantes da índole vulgar, que obedeçam às altas finalidades contidas naquela preocupação apontada e que, como dissemos, tendam a forjar em relevo novos capítulos encarregados de manter incólume o prestígio da estirpe.
                   É que o acervo da herança parece formar parte efetiva da própria alma nacional, pois somente assim se justifica a existência dessa educação superior nos povos altamente civilizados, que cumpriram etapas tão brilhantes em sua história.
                   De tudo isso se depreende que a preparação da juventude requer algo mais que a simples cultura escolar e universitária. Requer ser preparada à margem dessa instrução rotineira, da qual se encarrega a pedagogia comum; requer ser preparada, repetimos, para as altas funções da vida superior, seja no campo da política, da ciência, da filosofia, da docência, etc., e ainda nas artes, na literatura ou na oratória.

Trechos extraídos da Coletânea da Revista Logosofia, Tomo 2, pg. 153

Um comentário:

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Olá.

As palavras que multiplicam
conhecimentos são preciosas.

Que os sonhos te acompanhem sempre.

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